segunda-feira, junho 29, 2009

Incutir os valores cristãos na realidade empresarial

Não é novidade para ninguém que o Engº. Jardim Gonçalves, o antigo presidente do Conselho de Administração do B.C.P., é um emérito membro da Opus Dei.E também não é novidade nenhuma que Jardim Gonçalves é ainda membro da «ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores».
Mas o que significará isto de alguém ser membro de uma Associação “Cristã” de Empresários e Gestores?Ser membro de uma vulgar associação de empresários e gestores, é perfeitamente vulgar e compreensível.
Mas esta associação de empresários e gestores a que Jardim Gonçalves pertence não é uma associação como outra qualquer: é também uma «associação cristã».Pergunta-se então:- O que de diferente terá de todas as outras associações de empresários e gestores uma associação «cristã» de empresários e gestores?
Pois bem:O site da «Agência Ecclesia» esclarece-nos perfeitamente:- A Associação Cristã de Empresários e Gestores visa antes de mais «intervir na sociedade» e também «incutir os valores cristãos na realidade empresarial».
Pois sim.Mas o que significa – em concreto – essa coisa dos «valores cristãos na realidade empresarial»?
É então aqui que nos responde o «Expresso», que noticia que Jardim Gonçalves e outros quatro ex-administradores do B.C.P. foram acusados pelo Ministério Público pelos crimes de manipulação de mercado, falsificação da contabilidade e burla qualificada que terão provocado ao banco prejuízos superiores a 600 milhões de euros, enquanto recebiam indevidamente 24 milhões de euros em prémios de desempenho.
Em suma: É sempre bom sabermos o que é que esta gente entende por «valores cristãos».Mas é muito mais esclarecedor ficarmos a saber o que significam na prática esses «valores cristãos», principalmente se estivermos a falar de «valores cristãos na realidade empresarial»…

http://www.ateismo.net

Sem comentários: