Quando a injustiça se torna lei, a resistência torna-se um dever! I write the verse and I find the rhyme I listen to the rhythm but the heartbeat`s mine. Por trás de uma grande fortuna está um grande crime-Honoré de Balzac. Este blog é a continuação de www.franciscotrindade.com que foi criado em 11/2000.35000 posts em 10 anos. Contacto: franciscotrindade4@gmail.com ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS
quarta-feira, junho 10, 2009
O “insigne herói”
"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui."
(Salgueiro Maia – Madrugada do dia 25 de Abril de 1974, na parada da EPC de Santarém)
Esta triste fotografia foi-me enviada por mail por vários amigos. Trata-se de um simples anúncio de venda de uma singela e já velhota casa de Castelo de Vide. Nada mais normal, aparentemente. O que é que faz deste anúncio um caso especial? O facto de se tratar da casa onde nasceu Salgueiro Maia, “insigne herói” como diz a placa ali posta há já uns anos.
Num país “normal”, o Estado, autarquia outra qualquer entidade, não teria deixado escapar esta oportunidade de adquirir a casa de Salgueiro Maia, para fazer dela mais um ponto de contacto das populações com o 25 de Abril, o seu significado, a vida do militar que teve o papel que este teve, no desenrolar das operações que iniciaram a Revolução dos Capitães, que depois o Povo se encarregou de continuar.
Como lembra, e bem, no seu mail, o Cid Simões, um dos amigos que me enviou a fotografia, tivesse ele nascido numa “mansão”... e esta já seria um museu, mas nesse caso, o mais provável seria ele ter ficado do lado errado da História, digo eu.
Por ironia, Salgueiro Maia é hoje alvo de uma homenagem, em Santarém, cidade onde decorrem as comemorações do 10 de Junho, com a participação de Cavaco Silva. A confirmar-se este acto público do Presidente, trata-se da subida de mais alguns degraus na escada da falta de decoro, que como sabemos, é infinita.
A menos que o Presidente da República tenha cortado relações com o antigo Primeiro Ministro, estamos a falar de um Aníbal Cavaco Silva que recusou, exactamente a Salgueiro Maia, uma pensão. Quando, na doença, mais precisava dela. Estamos a falar do Aníbal Cavaco Silva que pouco tempo depois não viu qualquer inconveniente em dar uma pensão a dois torcionários da PIDE.
Mas para que estou eu a entrar em “pormenores”? Estamos a falar de Aníbal Cavaco Silva...
http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/
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