quarta-feira, julho 01, 2009

Geithner luta pelo dólar na China

É a primeira visita do secretário do Tesouro de Obama ao estrangeiro. A recepção em Pequim foi com todas as honras que o protocolo reserva a um funcionário do seu nível. Mas por trás dos sorrisos e das flores, pode-se perceber a tensão nesta primeira visita à China. Não é para menos. Washington e Pequim estão amarrados por uma série de fortes contradições em matéria de política cambial, monetária e fiscal.

Durante o processo da sua confirmação como secretário do Tesouro, Timothy Geithner acusou a China de intervir indevidamente no mercado de divisas para manter o renminbi subavaliado. Deste modo, repetiu a velha lengalenga das administrações Bush e Clinton sobre a gestão cambial do gigante asiático: a subavaliação do renminbi outorgou a esse país uma vantagem nos mercados mundiais, embaratecendo ainda mais as suas exportações. Por isso a China tem esses avultados excedentes na sua conta corrente.

Desde que Pequim vinculou o renminbi com o dólar, em 1994, nunca um secretário do Tesouro tinha estado tão próximo de acusar directamente os chineses de manipulação cambial. Em Washington, isso tem implicações legais, devendo activar negociações directas com a China sobre a sua política cambial. Em Pequim, essa acusação é considerada especialmente ofensiva, sobretudo se se considerar o desastre na gestão económica que hoje afecta os Estados Unidos.

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