Segundo um estudo da DECO sobre a utilização de medicamentos genéricos e tomando por base os 60 mediamentos mais vendidos dos quais existem genéricos, a poupança seria de cerca de 101 milhões de euros, mais de 74 milhões para os utentes e cerca de 26 para o estado. Embora esteja a aumentar, o recurso aos genéricos em Portugal continua abaixo do que se verifica noutros países certamente mais pobres que nós e, portanto, mais cuidadosos na gestão dos seus recursos. Acontece que por cá, os médicos continuam a receitar medicamentos mais caros em 56% dos casos, dados da Autoridade Nacional do Medicamento. Parece evidente a necessidade de reformular a política de prescrição sempre salvaguardando, naturalmente, a qualidade do serviço prestado ao utente.
A questão é que parece existir mais preocupação em salvaguardar os interesses de alguma indústria farmacêutica e das suas relações com os médicos.
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