sexta-feira, julho 03, 2009

Recusando obediência

As tácticas da resistência num exército só de voluntários

No dia 1º de Maio em Fort Hood, no Texas, o especialista Victor Agosto escreveu uma declaração, a qual é realmente um memorando de punição do U.S. Army:

"De forma alguma irei para o Afeganistão. A ocupação é imoral e injusta. Ela não torna o povo americano mais seguro. Ela tem o efeito oposto".

Dez dias antes ele recusara-se a obedecer a uma ordem directa do comandante da sua companhia para preparar-se para a transferência e foi emitida uma segunda declaração. Nesta, ele escreveu: "Não obedecerei a quaisquer ordens que eu considere serem imorais ou ilegais". Logo após, ele disse a um repórter: "Não estou desejoso de participar nesta ocupação, sabendo que está completamente errada. É um assunto que estou disposto a aguentar".

Agosto já servira no Iraque durante 13 meses, com o 57th Expeditionary Signal Battalion. Actualmente em serviço activo em Fort Hood, ele admite: "Foi no Iraque que me virei contra as ocupações. Comecei a sentir muita culpa. Eu observava empreiteiros a ganharem quantias obscenas de dinheiro. Não descobri provas de que a ocupação estivesse de qualquer forma a ajudar o povo do Iraque. Sei que contribuí para a morte o sofrimento humano. É difícil quantificar quanta provoquei, mas sei que contribuí para isso".

Apesar de estar a aproximar-se do término do seu serviço militar, ordenaram a Agosto que se deslocasse para o Afeganistão sob o programa sem-paragens (stop-loss) que o Departamento da Defesa utiliza para reter soldados para além do termo dos seus contratos. Pelo menos 185 mil soldados foram abrangidos por este programa desde 11 de Setembro de 2001.

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