sábado, agosto 01, 2009

A "justiça" em tempo de eleições

A omnipresente procuradora Maria José Morgado tem “em curso” uma investigação preventiva (???) aos pagamentos que a gestão camarária de Santana Lopes (2003!!!) fez, através da EPUL, ao arquitecto Frank Gehry. Tratava-se de avançar dinheiros para o projecto que transformaria a “lixeira” do Parque Mayer numa espécie Broadway, ou Las Vegas... ou algo no género.
Independentemente da urgência que havia (e há) em limpar aquela lixeira, independentemente da bondade, genialidade, megalomania, ou simples despropósito, do projecto de Frank Gehry, tudo ficou em águas de bacalhau, então. Santana e Gehry foram cada um à sua vidinha e as desconfianças sobre os tais pagamentos, se as havia, ficaram a hibernar por vários anos. Até agora... quando faltam apenas dias para começar uma campanha eleitoral que pode colocar Pedro Santana Lopes de novo no comando da Câmara Municipal de Lisboa.
Descansado pela certeza de que nenhum dos estimados leitores me confundirá com um apoiante de Santana Lopes, sempre digo que esta arte portuguesa das conveniências, que leva um sistema judicial a manter na arca frigorífica dezenas e dezenas de investigações e processos, que vão sendo descongelados ao sabor dos vários calendários eleitorais, é uma arte verdadeiramente asquerosa. Tão asquerosa como as eminências pardas que têm nas mãos os cordelinhos que vão “dando vida” a estas decisões que tão bem vão servindo os seus interesses pessoais.
http://samuel-cantigueiro.blogspot.com

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