A JUSTIÇA, PRINCÍPIO REVOLUCIONÁRIO
O tempo das raças iniciadoras passou. O movimento não renascerá na Europa, nem do Oriente, nem do Ocidente...
Ele não pode vir senão de uma propaganda cosmopolita, defendido por todos os homens... sem distinção, nem de raça, nem de lingua.
Qual será a sua bandeira? Só pode ser uma: a Revolução, a Filosofia, a Justiça. Revolução é o nome francês... filosofia é o nome germânico; que justiça se torne o nome cosmopolita...
Qual é o principio fundamental, orgânico, regulador, soberano das sociedades? É a Religião, o Ideal, o Interesse? É o Amor, a Força, a Necessidade ou a Higiene? Há sistemas e escolas para todas estas afirmações.
Este principio, para mim, é a Justiça.
Que é justiça?
-É a essência da Humanidade.
Que tem sido ela, desde o princípio do mundo?
- Quase nada.
Que deve ser ela?
- Tudo.
(De la Just. dans la Rév. Phil. Popul.)
Sendo a igualdade a lei da natureza, do mesmo modo que a lei da Justiça, e sendo as promessas de uma e de outra idênticas, o problema, para o economista e para o homem de Estado, já não é saber se a economia será sacrificado à justiça ou a justiça sacrificado à economia; ele consiste em descobrir qual será o melhor partido a tirar das forças físicas, intelectuais, económicas, que o gênio incessantemente descobre, a fim de restabelecer o equilíbrio social, perturbado pelas particularidades de clima, de geração, de educação, de doenças, e por todos os acidentes de força maior...
É uma tarefa bem delicada conciliar o respeito devido às pessoas com as necessidades orgânicas da produção; respeitar a igualdade, sem pôr em perigo a liberdade ou, pelo menos, sem impor à liberdade outros entraves que não sejam o Direito. Tais problemas requerem uma ciência à parte, objectiva e subjectiva ao mesmo tempo, metade fatalidade e metade liberdade. (De la Justice dans la Rév., Les Biens.)
Sem comentários:
Enviar um comentário