O seu desenvolvimento: Justiça e evolucionismo revolucionário
a) As revoluções: manifestações sucessivas da Justiça
As revoluções são as manifestações sueessiv da Justiça na humanidade. É por isso que toda a revolução tem o seu ponto de partida numa revolução anterior.
Quem diz pois revolução, diz necessariamente progresso, diz por isso mesmo conservação. Donde se conclui que a revolução está permanentemente na história, e que falando com propriedade não houve várias revoluções, houve uma única e mesma revolução. (Toast à la Révol.)
A revolução... declara todos os homens iguais em direitos... Esta justiça igualitária é a lei d revolução. (Justice, Les Biens.)
A revolução de há dezoito séculos chamava-se o Evangelho... A igualdade de todos os homens perante Deus... o Cristianismo criou o direito das pessoas, a fraternidade das nações... Tal foi o carácter da primeira e da maior das revoluções... Ela renovou o mundo, e renovando-o, conservou-o.
Mas... esta revolução... não era suficiente para a emancipação do homem... ela pedia uma outra revolução...
Por volta do século XVI, a revolução explodiu. A revolução, nessa época, sem se renegar a si própria, tomou um outro nome... chamou-se a filosofia. Teve por dogma a liberdade da razão, por divisa, a igualdade de todos perante a razão...
Eis qual foi a segunda revolução, a segunda grande manifestação da justiça. Também rejuvenesceu o mundo, salvou-o...
Aproximadamente a meia do século passado começou... uma nova elaboração, e como a primeira evolução tinha sido religiosa, a segunda filosófica, a terceira revolução foi política. Chamou-se o contrato social. Tomou como dogma a soberania do povo... A sua divisa foi: a igualdade perante a lei...
Deste modo, em cada revolução, a liberdade aparece-nos sempre como o instrumento da justiça, e a igualdade como o seu critério...
A justiça deu a sua quarta hora... a sua divisa: a igualdade perante a fortuna...
A revolução, depois de ter sido sucessivamente religiosa, filosófica, política, tornou-se económica, e, como todas as que a precederam, é nada menos do que uma contradição do passado, uma espécie de derrubamento da ordem estabelecido que ela nos traz. Sem esta mudança completa dos princípios e das crenças, não há revolução... (Toast à la Révol.)
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