Quando li o título, “OE 2010 agrava tributação da banca”, coloquei a possibilidade do Governo ter arrepiado o passo e decidido pôr um fim ao regime fiscal inexplicável ao abrigo do qual a banca pagou 12,8% em IRC no ano passado, uma taxa média inferior a metade dos 25% aplicáveis a uma pequena empresa. Seria o mais lógico e o mais justo fazer com que os que mais podem contribuam para o esforço nacional de combate à crise e aos seus efeitos sobre os mais desfavorecidos. Ingenuidade minha. O título referia-se a umas migalhitas a retirar aos bónus dos gestores e administradores que o Governo decidiu anunciar para conter o descontentamento crescente suscitado pelo tratamento fiscal dispensado à banca acima referido. Mantêm-no. As crises não foram inventadas para desproteger quem nem sequer conhece o significado da palavra dificuldade. Que a pague quem sempre é chamado a pagar na hora do sacrifício.
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