O Talmude e a Tora, O Antigo e o Novo Testamento, O Corão e a Sunnah (séc. IX) têm em comum o carácter misógino mas diferem em relação ao álcool, à carne de porco e na defesa do véu e da burka. No islão as proibições atingem o fulgor demente, onde até urinar com o jacto virado para Meca é proibido.
Paulo de Tarso moldou o cristianismo. Perseguir era a sua obsessão esquizofrénica sem cuidar do objecto da perseguição. Ouviu vozes na estrada de Damasco e passou a perseguir o que deixara em nome do que abraçou. Juntou a essa tara a vocação pirómana e apelou à queima dos manuscritos perigosos.
Paulo de Tarso odiava o prazer e injuriava as mulheres. Advogou o castigo do corpo e glorificou o celibato, a castidade e a abstinência. É um expoente da patologia teológica, do masoquismo místico e da cegueira beata – um inspirador do Opus Dei.
O cristianismo herdou a misoginia judaica. O Génesis condena radical e definitivamente a mulher como primeira pecadora e causa de todo o mal no mundo.
As três religiões monoteístas defendem a fé e a submissão, a castidade e a obediência, a necrofilia (pulsão da morte, não a parafilia), a castidade, a virgindade e outras santas tolices que conduzem à idiotia e ao complexo de culpa do instinto reprodutor.
A história de Adão e Eva é comum às três religiões monoteístas. Em todas, Deus proíbe a aproximação à árvore da sabedoria e o demónio incita à desobediência.
Aliás, o pecado é definido como a desobediência a Deus, ou seja, à vontade dos padres.
As páginas do Corão apelam constantemente à destruição dos infiéis, da sua cultura e civilização, bem como dos judeus e cristãos (por esta ordem) em nome do mesmo Deus misericordioso que alimenta a imensa legião de clérigos e hordas de terroristas.
Fonte: Traité d’athéologie, Michel Onfray – Ed. Grasset & Fasquelle, 2005
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