A próxima visita a Portugal daquele chefe de Estado que anda enredado em escândalos de pedofilia foi motivo suficiente para o Governo conceder uma tolerância de ponto que os funcionários públicos não solicitaram. Lendo as caixas de comentários de algumas publicações on-line e o que escreveram alguns blogger sobre o assunto, a preferência pela crítica ao novo privilégio por si acabadinho de descobrir sobrepôs-se à que corresponderia ao acaso raro de fazerem alguma utilização das suas massas cinzentas. Ao Governo, evidentemente. Não faz qualquer sentido conceder tolerâncias de ponto sempre que Portugal seja visitado por um chefe de Estado de outro país. Porém, tratando-se do Papa, tais cabecinhas preferem divergir para outra devoção, a das orações contra quem trabalha no Estado, não vá o diabo tecê-las e fazê-los cometer o pecado de criticar um gesto tão abnegado no favorecimento da salvação das suas alminhas. Deus que os livre da tentação de alguma vez concederem tolerância de ponto à sua infinita estupidez.
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