domingo, maio 30, 2010

Argentina - Contra o bicentenário, contra todos os Estados... pela liberdade!

Na passagem dos festejos (e “contrafestejos") pelo bicentenário do Estado argentino, um grupo de anarquistas se manifestou pelas principais ruas da cidade de Buenos Aires, espalhando a postura antiautoritária por meio de pichações, panfletos e gritando em memória de Mauricio Morales (companheiro anarquista morto há um ano no Chile). Eles e elas tampouco se esqueceram dos companheiros presos e processados e, neste caso, com maior ênfase a Karina Germano (La Galle) e com os companheiros anarquistas processados recentemente após uma manifestação em frente à embaixada grega na capital argentina.]

Bicentenário: 200 anos de terror de Estado

Todo Estado é terrorista. A lógica do Estado é o da repressão, o controle, a expansão territorial, o genocídio e a exclusão, ademais da aniquilação do povo nativo das regiões que dominam. Sem repressão, sem mortes, não pode haver Estado. O Estado não nos protege, temos de tirar essa idéia da cabeça que nada mais é que um mecanismo de controle de nossas mentes, o Estado não somos todos, o Estado é a miséria do capitalismo, é a polícia matando jovens nos bairros, é os políticos roubando o que nos pertence, é o padre abençoando os milicos, é a imprensa que nos mente e distrai. Somos reféns deste Estado.

O Estado precisa do capitalismo, que é o sistema econômico que o sustenta com base na propriedade privada, nas grandes empresas multinacionais e na necessária desigualdade social com a formação das classes sociais. O Estado, a pátria, as nações, as bandeiras, nos dividem, nos idiotizam, são nossos inimigos, das pessoas comuns que dia a dia sobrevivemos a essa realidade.

Eles preparam as comemorações do bicentenário do Estado argentino, investindo milhões na preparação dos mesmos, e dissemos que isto é uma provocação, que não há nada para comemorar ou celebrar de um Estado que mantém centenas de pessoas presas apodrecendo em centros de extermínio chamados prisões, que esmaga com a miséria milhares de famílias, que militariza as ruas com as forças repressivas, que, como todos os Estados, é construído sobre o sangue de muitas pessoas que ousaram lutar por um modo de vida mais justo e equitativo.

Por tudo isto, o Estado não se reforma, mas se destrói! Precisamos começar a nos organizar contra ele, de forma horizontal, autônomo e antihierárquica, discutindo como fazer frente nós mesmos aos problemas criados pelo capital e pela sociedade que os sustenta.

O Estado desde que nascemos declara guerra contra nós, através da sua medicina, suas igrejas, suas escolas, seus empregos, sua política... devemos assumir esta guerra e responder com as armas dos rebeldes de todos os tempos: a ação direta e a solidariedade revolucionária!

Morte ao Estado! Viva a anarquia!

agência de notícias anarquistas-ana







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