terça-feira, maio 18, 2010

Cavaco, sempre Cavaco

De manhã, anunciou. À noite, apareceu à hora marcada para dizer que promulgava uma lei sobre a qual, no contexto dramático actual do país, não há que perder demasiado tempo nem dar-lhe o destaque que deve ser dado por inteiro a problemas mais sérios. As solenes comunicações ao país de Cavaco Silva parecem estar destinadas a destacar aquilo que diz recusar-se a destacar. E apenas mais um minuto da comunicação para lamentar o consenso “sério” que não foi alcançado no Parlamento: podiam bem ter imitado certos países onde os deixam casar sem chamar-lhe casamento. Para quem não queria perder tempo… para quem não queria destaques… Exacto, pois, sim, claro e todo o mais que poderia ser dito. Mas não há tempo, nem há que destacá-lo. Nem há tempo, quase me esqu. Esquecia, ai. Quando tivermos um bocadinho, conversamos sobre o assunto. Fica prometido. Combinado=? Não se esqueçam. Se não se lembrarem, não faz mal. Há-de haver quem lembre. Há sempre. Aliás, é uma das blablablabla. Eu só queria dizer-vos uma coisa, sem lhe dar destaque nem perder demasiado tempo. Chato, eu?

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