Cerca de mil e quinhentas pessoas compareceram a manifestação convocada pela Confederação Nacional do Trabalho de Madri para este 1º de Maio, um dia de luta, o dia da dignidade da classe trabalhadora, da reivindicação da justiça social e de recordar e homenagear aos que lutaram e lutam contra a exploração do homem pelo homem e pela emancipação do ser humano.
Ao grito de "Primeiro de Maio Revolucionário" deu início a manifestação que partiu, depois do meio-dia, desde a rua Valdeacederas, finalizando por volta das 14h em Cuatrocaminos. Um acontecimento já histórico que a CNT madrilenha segue realizando faz anos.
Como vem sendo habitual, desdobrou-se uma enorme faixa vermelha e negra ao longo de toda a cabeceira da manifestação na qual se podia ler "contra a crise: solidariedade, apoio mútuo e autogestão".
Durante a manifestação se cantou em coro as consignas como "operário se não luta, ninguém te escuta", "operário despedido, patrão enforcado”, "morte ao estado e viva anarquia", "união, ação, autogestão", "o povo unido funciona sem partidos", "comissões e ugt, sindicatos do poder" ou "padres e militares, parasitas sociais". Também distribuiu-se comunicados e informações sobre o 1º de Maio e a razão de ser da CNT. Comunicados que, no geral, tinham muita boa acolhida entre os vizinhos e pessoas que passavam pela região e por parte de todos aqueles que, curiosos, haviam se aproximado para presenciar o ato.
Resta dizer que a manifestação esteve escoltada em todo momento pelas forças da lei ao que também em numerosas ocasiões os manifestantes lhes dedicaram diversas palavras. De qualquer modo, a manifestação transcorreu sem incidente algum.
Uma vez finalizado o percurso ao chegar em Cuatrocaminos, tomou a palavra Dani, secretario geral da Federação Local da CNT de Madri, que agradeceu a assistência de todos os presentes e recordou o motivo deste dia tão significativo para toda a classe trabalhadora: o assassinato em 1887 dos anarquistas conhecidos como Mártires de Chicago e sua luta pela conquista da jornada de trabalho de oito horas. Motivo pelo qual o 1º de Maio não é um dia de festa como este que as instituições e os meios de comunicação oficiais nos querem vender, senão um dia de tomada de consciência, de reflexão e de luta.
Na sequência tomou a palavra José Luis Velasco, do Sindicato de Ofícios Vários de Madri (SOV). Estado, patrões e Igreja são os habituais inimigos dos trabalhadores, disse. Rendeu homenagem aos trabalhadores que deram origem a primeira organização da classe trabalhadora neste país - a sessão espanhola da AIT, criada em 1870 - , a quem apesar das dificuldades extremas da época, sessenta anos depois deram uma lição ao mundo levando a cabo a revolução social em grande parte do país. Prova de tudo isto é que nada é impossível neste mundo. Nossa luta poderia explicar-se com estas palavras - disse para finalizar - nem deus, nem amo, nem patrão.
Por último, interveio a companheira Manoli, também militante do SOV da CNT de Madri, que denunciou este sistema patriarcal e a conseqüente discriminação da mulher, inclusive nas mesmas organizações operárias. Todos e todas somos iguais em deveres e direitos, disse.
Antes de finalizar, se fez uma convocação a solidariedade e se informou dos conflitos que no dia de hoje mantém abertos os sindicatos da Federação Local de Madri, recordando que a luta continua em cada dia de nossas vidas. Porque a classe trabalhadora, ao fim e ao cabo, todos os dias são 1º de Maio.
Saúde e Anarquia!
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=wPq0rvf_Z7o&feature=player_embedded
agência de notícias anarquistas-ana
Ao grito de "Primeiro de Maio Revolucionário" deu início a manifestação que partiu, depois do meio-dia, desde a rua Valdeacederas, finalizando por volta das 14h em Cuatrocaminos. Um acontecimento já histórico que a CNT madrilenha segue realizando faz anos.
Como vem sendo habitual, desdobrou-se uma enorme faixa vermelha e negra ao longo de toda a cabeceira da manifestação na qual se podia ler "contra a crise: solidariedade, apoio mútuo e autogestão".
Durante a manifestação se cantou em coro as consignas como "operário se não luta, ninguém te escuta", "operário despedido, patrão enforcado”, "morte ao estado e viva anarquia", "união, ação, autogestão", "o povo unido funciona sem partidos", "comissões e ugt, sindicatos do poder" ou "padres e militares, parasitas sociais". Também distribuiu-se comunicados e informações sobre o 1º de Maio e a razão de ser da CNT. Comunicados que, no geral, tinham muita boa acolhida entre os vizinhos e pessoas que passavam pela região e por parte de todos aqueles que, curiosos, haviam se aproximado para presenciar o ato.
Resta dizer que a manifestação esteve escoltada em todo momento pelas forças da lei ao que também em numerosas ocasiões os manifestantes lhes dedicaram diversas palavras. De qualquer modo, a manifestação transcorreu sem incidente algum.
Uma vez finalizado o percurso ao chegar em Cuatrocaminos, tomou a palavra Dani, secretario geral da Federação Local da CNT de Madri, que agradeceu a assistência de todos os presentes e recordou o motivo deste dia tão significativo para toda a classe trabalhadora: o assassinato em 1887 dos anarquistas conhecidos como Mártires de Chicago e sua luta pela conquista da jornada de trabalho de oito horas. Motivo pelo qual o 1º de Maio não é um dia de festa como este que as instituições e os meios de comunicação oficiais nos querem vender, senão um dia de tomada de consciência, de reflexão e de luta.
Na sequência tomou a palavra José Luis Velasco, do Sindicato de Ofícios Vários de Madri (SOV). Estado, patrões e Igreja são os habituais inimigos dos trabalhadores, disse. Rendeu homenagem aos trabalhadores que deram origem a primeira organização da classe trabalhadora neste país - a sessão espanhola da AIT, criada em 1870 - , a quem apesar das dificuldades extremas da época, sessenta anos depois deram uma lição ao mundo levando a cabo a revolução social em grande parte do país. Prova de tudo isto é que nada é impossível neste mundo. Nossa luta poderia explicar-se com estas palavras - disse para finalizar - nem deus, nem amo, nem patrão.
Por último, interveio a companheira Manoli, também militante do SOV da CNT de Madri, que denunciou este sistema patriarcal e a conseqüente discriminação da mulher, inclusive nas mesmas organizações operárias. Todos e todas somos iguais em deveres e direitos, disse.
Antes de finalizar, se fez uma convocação a solidariedade e se informou dos conflitos que no dia de hoje mantém abertos os sindicatos da Federação Local de Madri, recordando que a luta continua em cada dia de nossas vidas. Porque a classe trabalhadora, ao fim e ao cabo, todos os dias são 1º de Maio.
Saúde e Anarquia!
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=wPq0rvf_Z7o&feature=player_embedded
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