Israel impediu ontem a entrada no país de conhecido linguista, filósofo e anarquista Noam Chomsky
Noam Chomsky não pode entrar em Israel. O conhecido linguista, filósofo e activista político norte-americano ia dar hoje uma conferência na universidade palestiniana de Birzeit , junto a Ramala, e tentou ontem passar a fronteira da Jordânia, pela ponte Allenby, mas viu recusada a sua entrada pelas autoridades.
Depois de ter sido interrogado durante mais de três horas, e sem qualquer explicação, Noam Chomsky, que é judeu, teve o seu passaporte carimbado com a frase "entrada recusada".
O site da Universidade de Birzeit divulga a notícia e está a acompanhar o caso.
Pensador crítico de Israel
Noam Chomsky terá sido informado de que as razões que o impedem de entrar em Israel serão enviadas por escrito para a embaixada dos EUA.
Numa entrevista ao Canal 10 da talevisão israelita, o professor do Instituto Tecnológico de Massachussets afirmou que durante o interrogatório um oficial lhe terá dito que as suas opiniões não agradavam ao Governo de Israel. Em resposta, Noam Chomsky disse ao oficial para encontrar um Governo (de qualquer país) que gostasse dos seus pontos de vista.
Chomsky já escreveu muito sobre Israel e os palestinianos, e defende que Israel e os EUA impedem a paz na região por não aceitarem a proposta de acordo da Liga Árabe .
Recentemente, Noam Chomsky voltou a envolver-se em polémica ao escrever um ensaio em defesa da liberdade de expressão de Robert Faurisson, um escritor que nega que o Holocausto tenha existido. Fê-lo por sua crença na liberdade civil, mas, por causa disso e também por criticar Israel, tem sido acusado de apoiar o anti-semitismo, nomeadamente no livro "Partners in Hate: Noam Chomsky and the Holocaust Deniers", de Werner Cohn.
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