Neste 1º de Maio, em várias cidades turcas como Istambul, Ankara, Mersin, Ntala, Iemir, Bursa, Kayseri e Antakya, individualidades e agrupações anarquistas foram às ruas protestar. A seguir um comunicado do grupo Ação Anarquista Revolucionária, de Istambul.
A oposição social que transformou a Praça Taksim e a área ao redor em um inferno nos 1°s de Maio de 2007-2008-2009 está quase apagada quando o Estado abriu a praça depois de 32 anos [Este ano, o primeiro em que as manifestações foram de novo autorizadas no local. Na praça Taksim em 1977, 37 pessoas morreram, vítimas de um ataque terrorista contra os manifestantes do Dia do Trabalhador.]. Nos últimos três anos, nós - os anarquistas que converteram as ruas de Istambul em área de resistência, estamos longe de nos sentirmos surpresos.
Pois sabemos que; o "Fetiche da Praça Taksim" foi apenas uma ilusão criada pelo Estado. Naquele dia, um jogo traiçoeiro foi jogado na Praça Taksim, que estava cercada por barricadas policiais, vigiada por câmeras centímetro por centímetro, monitorada por helicópteros o tempo todo. Mestres e os chamados escravos colaboraram e celebraram um feriado com toda a sua debilidade. De que feriado eles estão falando? Os trabalhadores que fizeram uma reivindicação simbólica pela jornada de 8 horas e foram executados pelo Estado a 130 anos atrás?
Quem trabalha 8 horas hoje? Um trabalhador do porto, têxtil ou um caixa do Burger King? Mas estamos moribundos. Enquanto ainda estamos moribundos, ainda somo escravos. Os anarquistas e revolucionários que foram assassinados em 1886, 1977, 1996 derramaram seu sangue para aumentar o fogo da rebelião; não para serem mencionados no dia da reconciliação. Hoje, até as potências não vêem problema em adotar esse feriado. A festa organizada pelo próprio Estado é combinada com a percepção das "realizações" da oposição esquerdista e essa cena assemelha-se cada vez mais a uma paródia. Não fazemos parte dessa fraude!
Certamente sabemos que, a benção do Estado não pode suprimir a voz dos oprimidos. Os que entraram na praça, permitindo que a polícia os revistasse, e mataram sua fome nas esquinas dos McDonalds durante e após o encontro se tornam o exemplo mais concreto de distração da benção do Estado. Apreciar este fracasso como uma bazófia é a parte mais interessante e nauseante dessa história. E nós entendemos agora que, essa atitude conciliadora está sendo usada para deslumbrar as massas ao invés de erguer a luta revolucionária. Esse é um método pedagógico que é aplicado pelo Estado capitalista moderno. A oposição está cega para enxergar tudo isso? Ou podemos começar a ter dúvidas acerca da luta contra a injustiça social?
Levantar nossas bandeiras em uma praça que é legitimada pelo Estado nunca foi importante para nós. Não iremos nos comprometer. Nos próximos 1°s de Maio, não seremos parte dessa política de reconciliação suja e luta falsa como fizemos esse ano.
Não somos representantes de uma tradição existente. Estamos em busca de um novo tempo e um novo mundo. Carregamos uma paixão enorme pela revolta em nossos pequenos corações que irá superar essa ordem que está se tornando mais cruel dia a dia.
Viemos por pão, justiça e liberdade!
Solidariamente,
Devramca Anaraast Faalayet (Ação Anarquista Revolucionária)
Vídeo MayDay 2010 Istambul:
http://www.dailymotion.com/video/xd66tc_1-mayys-bayram-deyil-ysyan_lifestyle
Mais infos e fotos:
www.anarsistfaaliyet.org
http://ahali.info/php/wp/
agência de notícias anarquistas-ana
A oposição social que transformou a Praça Taksim e a área ao redor em um inferno nos 1°s de Maio de 2007-2008-2009 está quase apagada quando o Estado abriu a praça depois de 32 anos [Este ano, o primeiro em que as manifestações foram de novo autorizadas no local. Na praça Taksim em 1977, 37 pessoas morreram, vítimas de um ataque terrorista contra os manifestantes do Dia do Trabalhador.]. Nos últimos três anos, nós - os anarquistas que converteram as ruas de Istambul em área de resistência, estamos longe de nos sentirmos surpresos.
Pois sabemos que; o "Fetiche da Praça Taksim" foi apenas uma ilusão criada pelo Estado. Naquele dia, um jogo traiçoeiro foi jogado na Praça Taksim, que estava cercada por barricadas policiais, vigiada por câmeras centímetro por centímetro, monitorada por helicópteros o tempo todo. Mestres e os chamados escravos colaboraram e celebraram um feriado com toda a sua debilidade. De que feriado eles estão falando? Os trabalhadores que fizeram uma reivindicação simbólica pela jornada de 8 horas e foram executados pelo Estado a 130 anos atrás?
Quem trabalha 8 horas hoje? Um trabalhador do porto, têxtil ou um caixa do Burger King? Mas estamos moribundos. Enquanto ainda estamos moribundos, ainda somo escravos. Os anarquistas e revolucionários que foram assassinados em 1886, 1977, 1996 derramaram seu sangue para aumentar o fogo da rebelião; não para serem mencionados no dia da reconciliação. Hoje, até as potências não vêem problema em adotar esse feriado. A festa organizada pelo próprio Estado é combinada com a percepção das "realizações" da oposição esquerdista e essa cena assemelha-se cada vez mais a uma paródia. Não fazemos parte dessa fraude!
Certamente sabemos que, a benção do Estado não pode suprimir a voz dos oprimidos. Os que entraram na praça, permitindo que a polícia os revistasse, e mataram sua fome nas esquinas dos McDonalds durante e após o encontro se tornam o exemplo mais concreto de distração da benção do Estado. Apreciar este fracasso como uma bazófia é a parte mais interessante e nauseante dessa história. E nós entendemos agora que, essa atitude conciliadora está sendo usada para deslumbrar as massas ao invés de erguer a luta revolucionária. Esse é um método pedagógico que é aplicado pelo Estado capitalista moderno. A oposição está cega para enxergar tudo isso? Ou podemos começar a ter dúvidas acerca da luta contra a injustiça social?
Levantar nossas bandeiras em uma praça que é legitimada pelo Estado nunca foi importante para nós. Não iremos nos comprometer. Nos próximos 1°s de Maio, não seremos parte dessa política de reconciliação suja e luta falsa como fizemos esse ano.
Não somos representantes de uma tradição existente. Estamos em busca de um novo tempo e um novo mundo. Carregamos uma paixão enorme pela revolta em nossos pequenos corações que irá superar essa ordem que está se tornando mais cruel dia a dia.
Viemos por pão, justiça e liberdade!
Solidariamente,
Devramca Anaraast Faalayet (Ação Anarquista Revolucionária)
Vídeo MayDay 2010 Istambul:
http://www.dailymotion.com/video/xd66tc_1-mayys-bayram-deyil-ysyan_lifestyle
Mais infos e fotos:
www.anarsistfaaliyet.org
http://ahali.info/php/wp/
agência de notícias anarquistas-ana
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