Este artigo critica o argumento utilizado por aqueles que desejam reduzir o estado de bem-estar alegando que gastamos mais do que podemos. O artigo assinala que a evidência não avaliza tal postura; mostra que os recursos existem, mas o Estado não os recolhe. No que diz respeito ao endividamento privado, este deve-se primordialmente à diminuição dos rendimentos do trabalho como percentagem do rendimento nacional.
Há uma frase que aparece constantemente na sabedoria convencional do nosso país, reproduzida não só pelos porta-vozes do pensamento neoliberal (que têm grandes caixas de ressonância nos meios de informação e persuasão de maior difusão do país), como também por dirigentes do partido socialista governante em Espanha (e não digamos já por dirigentes do maior partido da oposição, que fizeram de tal frase a sua palavra de ordem eleitoral), que assinala que «há que reduzir os nossos gastos, tanto públicos como privados, porque durante todos estes anos temos vindo a gastar mais do que deveríamos tendo em conta o nível de riqueza que temos». E, como prova disso, referem-se à elevada dívida pública do estado espanhol, à qual se acrescenta também a elevada dívida privada. Este é o novo dogma que tanto o governo como a maioria dos partidos da oposição (excepto as esquerdas não dirigentes) repetem constantemente e que os meios de maior difusão promovem vinte e quatro horas por dia. Daí que o debate político e mediático se centre em como reduzir a despesa, tanto privada como pública, a fim de reduzir tal endividamento. Tal debate dá-se também a nível europeu, sobretudo na sequência do endividamento dos PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Spain), que quer dizer em inglês porcos, insulto que pensam ser merecido ao considerarem que a crise do euro foi provocada pelo crescimento desmesurado e irresponsável dos défices e das dívidas públicas destes países devido à sua excessiva protecção social. Até aqui o dogma.
Há uma frase que aparece constantemente na sabedoria convencional do nosso país, reproduzida não só pelos porta-vozes do pensamento neoliberal (que têm grandes caixas de ressonância nos meios de informação e persuasão de maior difusão do país), como também por dirigentes do partido socialista governante em Espanha (e não digamos já por dirigentes do maior partido da oposição, que fizeram de tal frase a sua palavra de ordem eleitoral), que assinala que «há que reduzir os nossos gastos, tanto públicos como privados, porque durante todos estes anos temos vindo a gastar mais do que deveríamos tendo em conta o nível de riqueza que temos». E, como prova disso, referem-se à elevada dívida pública do estado espanhol, à qual se acrescenta também a elevada dívida privada. Este é o novo dogma que tanto o governo como a maioria dos partidos da oposição (excepto as esquerdas não dirigentes) repetem constantemente e que os meios de maior difusão promovem vinte e quatro horas por dia. Daí que o debate político e mediático se centre em como reduzir a despesa, tanto privada como pública, a fim de reduzir tal endividamento. Tal debate dá-se também a nível europeu, sobretudo na sequência do endividamento dos PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Spain), que quer dizer em inglês porcos, insulto que pensam ser merecido ao considerarem que a crise do euro foi provocada pelo crescimento desmesurado e irresponsável dos défices e das dívidas públicas destes países devido à sua excessiva protecção social. Até aqui o dogma.
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