Eckhard Höffner é um historiador alemão que atribui o crescimento cultural, científico e económico da Alemanha no século XIX à ausência de copyright. A tese é estranha mas os números são elucidativos e, pensando bem, faz sentido.
Na primeira metade do século XIX a Alemanha não tinha legislação de copyright. Mesmo a que a Prússia implementaria era ineficaz devido à organização política da Alemanha, dividida em estados semi-independentes. Em contraste, a Inglaterra tinha uma legislação parecida à que temos hoje, concedendo direitos exclusivos de reprodução às editoras. E enquanto a Inglaterra publicava cerca de mil títulos por ano, a Alemanha publicava dez vezes mais. Em 1836 chegaram aos catorze mil títulos. Tendo em conta a população, não ficou muito aquém dos menos de oito mil que Portugal agora edita por ano.
E percebe-se porquê. Sem monopólios, os editores alemães tinham de chegar ao máximo número de pessoas e o mais rápido possível. Por isso faziam edições baratas, que muita gente podia comprar, a par das edições luxuosas para os clientes mais abastados. Não como se faz hoje, com o paperback a sair só um ano depois do livro de capa rija, muito mais caro. E como não podiam ficar a vender sempre o mesmo livro, por causa da concorrência que também o poderia editar, tinham de diversificar a oferta.
Na primeira metade do século XIX a Alemanha não tinha legislação de copyright. Mesmo a que a Prússia implementaria era ineficaz devido à organização política da Alemanha, dividida em estados semi-independentes. Em contraste, a Inglaterra tinha uma legislação parecida à que temos hoje, concedendo direitos exclusivos de reprodução às editoras. E enquanto a Inglaterra publicava cerca de mil títulos por ano, a Alemanha publicava dez vezes mais. Em 1836 chegaram aos catorze mil títulos. Tendo em conta a população, não ficou muito aquém dos menos de oito mil que Portugal agora edita por ano.
E percebe-se porquê. Sem monopólios, os editores alemães tinham de chegar ao máximo número de pessoas e o mais rápido possível. Por isso faziam edições baratas, que muita gente podia comprar, a par das edições luxuosas para os clientes mais abastados. Não como se faz hoje, com o paperback a sair só um ano depois do livro de capa rija, muito mais caro. E como não podiam ficar a vender sempre o mesmo livro, por causa da concorrência que também o poderia editar, tinham de diversificar a oferta.
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