Aversão ao serviço militar no Portugal do séc. XVIII - livro sobre a insubmissão à tropa e às ordens dos chefes militares
Foi editado mais um estudo muito interessante sobre a construção dos aparelhos institucionais do Estado no território português e a sua imposição às comunidades locais e à população em geral o que tinha por consequência a resistência destas últimas. Desta vez a atenção neste livro incide sobre as práticas de resistência à imposição do serviço militar obrigatório e a insubmissão às ordens dos chefes militares.
Insubmissão - Aversão ao serviço militar no Portugal do século XVIII
Autor:Fernando Dores Costa
Edição do Instituto das Ciências Sociais
Apresentam-se as muitas e variadas dificuldades com que, no Portugal do século XVIII, se confrontam as tentativas de organização de uma forma militar de acordo com as normas e os costumes do estilo militar europeu.
Partindo da análise da guerra de 1762, episódio da Guerra dos Sete Anos, e da presença em Portugal do conde de Lippe como organizador das forças em tempo de perigo e depois como supremo dirigente militar das tropas do rei de Portugal, identificam-se tradições de resistência ao recrutamento militar e de inconformidade às exigências de formação da cavalaria e de dedicação profissional dos oficiais.
Acompanha-se o destino das celebradas reformas de Lippe, evidenciando-se os limites políticos do pombalismo como uma mudança política que não afectava os comportamentos populares e quotidianos.
No final do século subsistem as tradicionais resistências. Apresenta-se a insubmissão, o incumprimento das ordens por indivíduos de vários grupos sociais, em suma, a ausência daquilo que a literatura nacionalista quis que fosse tomado como óbvio: o Estado e a nação. Na verdade, o governo dos homens seguia outros caminhos.
Fernando Dores Costa é doutorado em Sociologia e Economia Históricas pela Universidade Nova de Lisboa e investiga temas de história social portuguesa dos séculos XVII, XVIII e XIX desde há mais de vinte anos. Dedicou-se nos últimos à pesquisa sobre a história social do exército, as práticas de recrutamento, as resistências ao estilo militar e os modos de governo dos homens desde 1640 até ao início do século XIX. Colaborador do 2.º volume da Nova História Militar de Portugal (direcção de António M. Hespanha, Círculo de Leitores, 2004), publicou A Guerra da Restauração,1641-1668 (Livros Horizonte, 2004) e (em parceria) D. João VI (Círculo de Leitores, 2006). Trabalha presentemente sobre a Guerra Peninsular.
Foi editado mais um estudo muito interessante sobre a construção dos aparelhos institucionais do Estado no território português e a sua imposição às comunidades locais e à população em geral o que tinha por consequência a resistência destas últimas. Desta vez a atenção neste livro incide sobre as práticas de resistência à imposição do serviço militar obrigatório e a insubmissão às ordens dos chefes militares.
Insubmissão - Aversão ao serviço militar no Portugal do século XVIII
Autor:Fernando Dores Costa
Edição do Instituto das Ciências Sociais
Apresentam-se as muitas e variadas dificuldades com que, no Portugal do século XVIII, se confrontam as tentativas de organização de uma forma militar de acordo com as normas e os costumes do estilo militar europeu.
Partindo da análise da guerra de 1762, episódio da Guerra dos Sete Anos, e da presença em Portugal do conde de Lippe como organizador das forças em tempo de perigo e depois como supremo dirigente militar das tropas do rei de Portugal, identificam-se tradições de resistência ao recrutamento militar e de inconformidade às exigências de formação da cavalaria e de dedicação profissional dos oficiais.
Acompanha-se o destino das celebradas reformas de Lippe, evidenciando-se os limites políticos do pombalismo como uma mudança política que não afectava os comportamentos populares e quotidianos.
No final do século subsistem as tradicionais resistências. Apresenta-se a insubmissão, o incumprimento das ordens por indivíduos de vários grupos sociais, em suma, a ausência daquilo que a literatura nacionalista quis que fosse tomado como óbvio: o Estado e a nação. Na verdade, o governo dos homens seguia outros caminhos.
Fernando Dores Costa é doutorado em Sociologia e Economia Históricas pela Universidade Nova de Lisboa e investiga temas de história social portuguesa dos séculos XVII, XVIII e XIX desde há mais de vinte anos. Dedicou-se nos últimos à pesquisa sobre a história social do exército, as práticas de recrutamento, as resistências ao estilo militar e os modos de governo dos homens desde 1640 até ao início do século XIX. Colaborador do 2.º volume da Nova História Militar de Portugal (direcção de António M. Hespanha, Círculo de Leitores, 2004), publicou A Guerra da Restauração,1641-1668 (Livros Horizonte, 2004) e (em parceria) D. João VI (Círculo de Leitores, 2006). Trabalha presentemente sobre a Guerra Peninsular.
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