sábado, setembro 11, 2010

Chile - A 12 anos de seu assassinato: Companheira Claudia López – Presente!


No dia 11 de setembro de 1998, Claudia López¹ foi assassinada pelas costas pela polícia, quando lutava nas barricadas do povoado La Pincoya, em Santiago do Chile.

Todo estes dias havia combatido encapuzada na luta nas ruas que se impulsionava contra o Estado e o Capital, em um novo aniversário do golpe terrorista de 1973. As balas que nesta noite tiraram a sua vida, e a de outro jovem proletário deste povoado, foram disparadas pelas mesmas armas da ditadura e as mesmas armas da democracia: as balas dos defensores da exploração capitalista e da destruição do planeta.

Companheira inesquecível, caiu em combate em meio as chamas libertárias, em sua última dança² de guerra. E sua lembrança que é memória subversiva, se somou a outros jovens combatentes que nos animam a seguir lutando: os irmãos Vergara, Ariel Antonioletti, Johnny, Alex, Matías, Mauricio Morales e tantos outros queridos companheiros e companheiras.

Quando sua morte nos encheu de dor neste lutuoso 11 de setembro de 1998, muitos correram a proclamar quem eram seus companheiros e seus amigos, para ver se podiam tirar alguma fatia do capital político de sua morte, já que em vida ela era uma incontrolável. Mas se esqueceram rápido de tudo, como uma paixão de primavera. Os que deram declarações e até disseram que ela era militante de um Partido político-militar, delirando para levar água ao seu quase seco moinho. Mas sua rebeldia não se enquadrava em Partidos nem Frentes, como disse sabiamente em um poema um companheiro. E isso não quer dizer que ela não estava comprometida com a luta, decidida a enfrentar a polícia e a coordenar-se com seus iguais, com seus afins na resistência das ruas.

Uns poucos que durante um tempo encheram a boca com ela, se esqueceram logo. E ninguém os viu em 2008, quando se desenvolveram uma série de atividades no aniversário dos 10 anos de seu assassinato. Mas, sim, se viu em plenas ruas nas marchas ou com a cumplicidade da noite, seus verdadeiros amigos e companheiros, que nunca te esquecemos. E estas palavras não são para reivindicar uma fictícia seita dos que te conhecemos, já que há muitos que sem ter compartilhado contigo, são e serão seus companheiros. Te levam em suas camisetas, em seus panfletos e em suas armas, na ofensiva contra a autoridade.

E a luta segue, por ti e por todos os caídos, os prisioneiros e os perseguidos. Em um novo aniversário de sua morte não acendemos velas, levantamos barricadas com o fogo da revolta, a revolta que é reproduzível e contagiosa.

Juventude Combatente, Insurreição Permanente!

“Porque nenhuma cadeia será perpétua, e nenhum cárcere de “alta segurança” para os sonhos dos grilos e as esperanças da cigarra. Porque estes óvulos subversivos e embaralhados, darão luz a próxima barricada!”

Companheira Claudia López - Presente!

Juventude Combatente, Insurreição Permanente

Pelo combate internacional contra o Estado e o Capital aqui e agora, sem etapas, sem chefes, sem heróis nem mártires!

Liberdade aos Presos Políticos, do $hile e do mundo!

Que viva a Anarquia!

Rojoscuro

[1] Cláudia López foi uma jovem militante anarquista chilena, estudante do curso de dança da Universidad de Humanismo Cristiano, que há 12 anos atrás, durante um protesto pelo 25º aniversário do golpe fascista de Pinochet, foi assassinada com uma bala pelas costas, disparada pelos Carabineros na povoação de La Pincoya em Santiago, no Chile.

[2] Vídeo de um espetáculo de dança de Claudia López:

› http://www.youtube.com/watch?v=X0DVDmSpZns&feature=player_embedded#!

agência de notícias anarquistas-ana

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