quarta-feira, setembro 08, 2010

E os putos, pá?

Daqui a muito pouco tempo, crianças e jovens voltam à escola, nessa experiência sempre única que é a de um novo ano lectivo. Têm direito ao melhor acolhimento possível e a um recomeço que lhes dê confiança. As suas famílias têm direito a não esperar menos do que isto da escola pública. Mas a fúria reformista estival do governo optou por lhes retirar estes direitos.

O governo do PS, não satisfeito por enxotar da profissão 15 mil professores - com reformas penalizadas e elevados custos para o sistema em experiência e saber – e por precarizá-la indecentemente (33 mil candidatos fora do concurso de professores e um aumento exponencial de contratados), decidiu redesenhar sobre o joelho a rede escolar e, entre encerramentos e mega-agrupamentos, feitos à papo-seco, agravou a instabilidade na escola pública.

E enquanto PS e PSD arrulham e se bicam sobre um orçamento que aprovarão contra a criação de emprego e os trabalhadores, ou reclamam os golos do estado social, passando lixívia sobre os ataques feitos e a fazer, se os deixarmos, há professores/as, entre outros profissionais, que não pararam para que as escolas não rebentassem, em Setembro, sob a cavalgada reformista, que as obrigou a mudar de vida num piscar de olhos.

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