quarta-feira, setembro 22, 2010

Fábricas e emprego na crise

A fraca recuperação não permite abater o altíssimo nível de desemprego nos Estados Unidos. Esta obstinação da taxa de desemprego (9,5 por cento) é inquietante e tem muitas ramificações. A mais grave é que pode conduzir a uma estagnação de longo prazo na medida em que a procura agregada se mantenha deprimida. Está isto relacionado com a perda de importância da indústria manufactureira na economia estado-unidense?

Esta é uma boa pergunta que rompe com o âmbito demasiado estreito do debate sobre o estímulo fiscal da administração Obama. O problema não é só se dito estímulo funcionou ou não, ou se o seu efeito se esgota (o que é óbvio), mas como se articula com a mudança estrutural que a economia estado-unidense requer para atingir um desenvolvimento sustentável.

O sector manufactureiro é importante como motor do crescimento porque nele se exprimem com maior facilidade as economias de escala. Além disso, o processo de mudança técnica e difusão de inovações na indústria manufactureira gera maior crescimento na produtividade. Tudo isto é confirmado pela experiência histórica nos Estados Unidos, na Europa e nos países asiáticos. Finalmente, a indústria manufactureira foi a fonte de empregos estáveis e melhor remunerados.

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