Cortar, cortar aos mesmos de sempre, cortar muito, cortar ainda mais, cortar tudo. Cortar seria a solução. Cortar não resolveu. Por isso, sustenta-se que há que cortar mais e mais. Mas cortar piorou uma situação que já não era nada boa. É para continuar a cortar? Torna-se difícil aguentar por muito mais tempo a miragem de recompensas a sacrifícios que parecem não ter fim. Os resultados são cada vez mais catastróficos. Por isso, montou-se um espectáculo.
ontem, o sermão anual da OCDE mereceu um destaque nunca visto em edições anteriores. Teixeira dos Santos colou-se ao circo que foi montado: “estes senhores é que sabem, temos que cortar ainda mais”. O FMI e a OCDE não votam. Mas mandam. Passos Coelho não quis ficar sem aparecer e promoveu espectáculo semelhante, este com cançonetistas do corte nacionais, até com campanha presidencial.
Fora disto, dois minutos nos telejornais foram muito pouco para que quem discorda pudesse mostrar que existe outro caminho. E existe. Meio minuto foi ainda menos para abordar a ilegitimidade de poderes não eleitos interferirem, como interferem, nos destinos de milhões de europeus. Na sua vez, como habitualmente, o pensamento oficial.
Os mercados necessitam de confiança, disse-se e repetiu-se, para justificar a promoção de um enriquecimento que parece ser um direito adquirido e um empobrecimento invariavelmente apresentado como dever patriótico. Os europeus também precisam de ser acalmados. Um dia chega bem para torná-lo bem claro. Mostrar quanto e quantos rejeitam ser o factor de ajustamento de um sistema para o qual, há muito, as pessoas deixaram de ser uma prioridade. Amanhã, 29 de Setembro, é dia para ninguém deixar o inconformismo sozinho em casa.
ontem, o sermão anual da OCDE mereceu um destaque nunca visto em edições anteriores. Teixeira dos Santos colou-se ao circo que foi montado: “estes senhores é que sabem, temos que cortar ainda mais”. O FMI e a OCDE não votam. Mas mandam. Passos Coelho não quis ficar sem aparecer e promoveu espectáculo semelhante, este com cançonetistas do corte nacionais, até com campanha presidencial.
Fora disto, dois minutos nos telejornais foram muito pouco para que quem discorda pudesse mostrar que existe outro caminho. E existe. Meio minuto foi ainda menos para abordar a ilegitimidade de poderes não eleitos interferirem, como interferem, nos destinos de milhões de europeus. Na sua vez, como habitualmente, o pensamento oficial.
Os mercados necessitam de confiança, disse-se e repetiu-se, para justificar a promoção de um enriquecimento que parece ser um direito adquirido e um empobrecimento invariavelmente apresentado como dever patriótico. Os europeus também precisam de ser acalmados. Um dia chega bem para torná-lo bem claro. Mostrar quanto e quantos rejeitam ser o factor de ajustamento de um sistema para o qual, há muito, as pessoas deixaram de ser uma prioridade. Amanhã, 29 de Setembro, é dia para ninguém deixar o inconformismo sozinho em casa.
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