O pastor americano Terry Jones é um destes provocadores que apelam aos sentimentos mais primários da populaça para acirrar os ânimos e chamar a atenção para a sua Igreja. O termo «fundamentalismo» apareceu no início do século XX, nos EUA, para qualificar o protestantismo evangélico, prosélito do deus cruel, vingativo, xenófobo, homofóbico e violento que povoa o Antigo Testamento e que o actual Papa persiste em defender como inspirado pelo seu deus.
Ao ameaçar queimar exemplares do Corão mostrou o gosto pelos autos-de-fé em que se incineram livros em vez de pessoas. É um talibã, na versão evangélica, de um país onde, com todos os defeitos, a livre expressão é um direito adquirido.
A memória traumática do 11 de Setembro, nove anos depois, continua a horrorizar o mundo mas não é queimando o Corão que se procura a paz ou se desmascara a violência que escorre das suas páginas.
Em vez de queimar o Corão, tal como o Deuteronómio ou o Levítico, deviam distribuir-se exemplares, com versículos sublinhados. Mostrando a verdadeira face do deus do Sr. Terry Jones ou do deus de Bin Laden pode conseguir-se a vacina preventiva contra a demência da fé. Queimando os livros só se consegue agravar a superstição e a crença.
A religiões procuram a globalização e cada uma delas pretende ser a única a sobreviver. Sem a separação do Estado e das Igrejas não há garantias para a liberdade religiosa. Ao dobrar de um templo podemos sempre encontrar um esquizofrénico evangelista ou um demente islâmico. Precisamos de Estados que mantenham a mais estrita neutralidade em matéria religiosa.
Ao ameaçar queimar exemplares do Corão mostrou o gosto pelos autos-de-fé em que se incineram livros em vez de pessoas. É um talibã, na versão evangélica, de um país onde, com todos os defeitos, a livre expressão é um direito adquirido.
A memória traumática do 11 de Setembro, nove anos depois, continua a horrorizar o mundo mas não é queimando o Corão que se procura a paz ou se desmascara a violência que escorre das suas páginas.
Em vez de queimar o Corão, tal como o Deuteronómio ou o Levítico, deviam distribuir-se exemplares, com versículos sublinhados. Mostrando a verdadeira face do deus do Sr. Terry Jones ou do deus de Bin Laden pode conseguir-se a vacina preventiva contra a demência da fé. Queimando os livros só se consegue agravar a superstição e a crença.
A religiões procuram a globalização e cada uma delas pretende ser a única a sobreviver. Sem a separação do Estado e das Igrejas não há garantias para a liberdade religiosa. Ao dobrar de um templo podemos sempre encontrar um esquizofrénico evangelista ou um demente islâmico. Precisamos de Estados que mantenham a mais estrita neutralidade em matéria religiosa.
Sem comentários:
Enviar um comentário