sexta-feira, setembro 10, 2010

O holocausto cigano: ontem e hoje (II e última)

Depois da guerra, os países aliados dissolveram o Estado nazi alemão e os seus hierarcas foram julgados por crimes contra a humanidade (Nuremberg, 1945-1946). Em princípios de 1950, quando começou a negociação de indemnizações pelo holocausto, o novo Estado alemão considerou que só os judeus tinham direito a elas.

Sem organizações políticas que os defendessem, os povos rom (ciganos) foram ignorados e excluídos. O governo democrata-cristão de Konrad Adenauer considerou que as medidas de extermínio tomadas contra os ciganos antes de 1943, eram «políticas legítimas do Estado». Mas os sobreviventes a este ano também não cobraram um centavo.

A polícia criminal da Baviera ficou encarregada dos arquivos do doutor Robert Ritter, o especialista nazi sobre os rom que não foi condenado. Ritter retornou à actividade académica, e em 1951 suicidou-se. Recentemente, em 1982, o chanceler social-cristão Helmut Kohl reconheceu o genocídio dos rom. A tempo: a maioria dos que teriam tido direito a restituição já tinham morrido.

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