domingo, setembro 12, 2010

O SPD, OS RICOS E A MORAL

Talvez a única razão para a subida da social-democracia alemã nas sondagens seja porque o governo de coligação preto-amarelo vai dando de si uma imagem cada vez pior de semana para semana. O antigo partido do "novo centro" imaginário recuperou a alma social na oposição. Pelo menos procede como se assim fosse. A moção de estratégia do Presidium do SPD para o próximo congresso do partido exige o aumento da taxa máxima de IRS de 42 para 49 por cento; em todo o caso, apenas para rendimentos superiores a 100 mil euros. Além disso, as fortunas privadas deverão ser novamente mais taxadas. Há um pequeno problema de credibilidade: O SPD avança assim heroicamente contra a diminuição dos impostos dos ricos que foi por si introduzida no tempo do Chanceler Schröder.

Pode certamente ser posto em dúvida que o passo atrás tenha resultado de uma visão mais aprofundada. Entretanto, os próprios ricos ultrapassaram o SPD pela esquerda. Não há talk show em que um titular de elevados rendimentos não venha afirmar o quanto está contra o baixo nível da sua tributação. Ainda antes do SPD, titulares de grandes fortunas exigiram para si aumento dos impostos, para que o Estado pudesse cumprir sua missão. Nos E.U.A., os multimilionários uns atrás dos outros aparecem a querer doar de metade ou mais da sua fortuna.

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