Este artigo analisa as características políticas, económicas e sociais dos países chamados PIGS (porcos) pela literatura económica anglo-saxónica, mostrando que todos eles têm uma estrutura de classe social muito polarizada, com grande domínio dos seus estados por parte das suas classes mais endinheiradas, o que explica a grande pobreza de despesa pública (incluindo despesa público social) em tais países. O artigo assinala também que a causa da sua grande recessão é um sistema que beneficia as classes mais ricas (que pagam poucos impostos) e os bancos, estes últimos, beneficiados pela necessidade de endividamento.
Existe uma percepção generalizada no establishment europeu (isto é, nas elites políticas, financeiras e mediáticas que configuram a sabedoria convencional na União Europeia) de que a crise do euro (e, portanto, da UE) foi causada pela falta de disciplina orçamental dos países do sul da Europa (Grécia, Espanha e Portugal), países chamados (juntamente com a Irlanda), em tom insultuoso, os PIGS (que em inglês quer dizer porcos), pois o seu comportamento supostamente irresponsável levou a UE à crise.
Uma característica destes países é terem estado governados pelas direitas na maioria da segunda parte do século XX. Na verdade, são os países da Europa onde as forças conservadoras tiveram maior poder, controlando os seus estados, seja através de ditaduras totalitárias de carácter fascista ou fascistóide, seja através de governos democráticos baseados, frequentemente, em sistemas eleitorais que discriminam as esquerdas, favorecendo as direitas. O bipartidarismo existente na prática em Espanha é o caso mais extremo e claro, tendo sido tais sistemas delineados (com a excepção de Portugal) para diminuir a influência das esquerdas mais radicais. Esta fortaleza das direitas foi acompanhada com a debilidade das esquerdas que, em todos estes países, estão divididas em diferentes sensibilidades, das quais as mais importantes estão arraigadas nas tradições socialistas e comunistas. Estas divisões aparecem tanto na esfera política como na sindical.
Existe uma percepção generalizada no establishment europeu (isto é, nas elites políticas, financeiras e mediáticas que configuram a sabedoria convencional na União Europeia) de que a crise do euro (e, portanto, da UE) foi causada pela falta de disciplina orçamental dos países do sul da Europa (Grécia, Espanha e Portugal), países chamados (juntamente com a Irlanda), em tom insultuoso, os PIGS (que em inglês quer dizer porcos), pois o seu comportamento supostamente irresponsável levou a UE à crise.
Uma característica destes países é terem estado governados pelas direitas na maioria da segunda parte do século XX. Na verdade, são os países da Europa onde as forças conservadoras tiveram maior poder, controlando os seus estados, seja através de ditaduras totalitárias de carácter fascista ou fascistóide, seja através de governos democráticos baseados, frequentemente, em sistemas eleitorais que discriminam as esquerdas, favorecendo as direitas. O bipartidarismo existente na prática em Espanha é o caso mais extremo e claro, tendo sido tais sistemas delineados (com a excepção de Portugal) para diminuir a influência das esquerdas mais radicais. Esta fortaleza das direitas foi acompanhada com a debilidade das esquerdas que, em todos estes países, estão divididas em diferentes sensibilidades, das quais as mais importantes estão arraigadas nas tradições socialistas e comunistas. Estas divisões aparecem tanto na esfera política como na sindical.
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