domingo, outubro 10, 2010

O doutor Jekyll e o senhor Hyde na seita nobel

Pode-se ser cúmplice de assassinos, torturadores e espiões internacionais e ganhar um Prémio Nobel?

Não existe qualquer impedimento para isso. Para a seita Nobel essa cumplicidade é um pormenor insignificante em comparação, por exemplo, com a arte de escrever

E ninguém pode acusá-la de incoerência ou traição aos seus princípios. Com as suas invenções (nitroglicerina, dinamite, pólvora sem fumo), o seu fundador, Alfred Nobel, enviou para o além milhões de seres humanos em todo o mundo, o que não o impediu de instituir o Prémio da Paz com o seu nome.

Quer dizer que dentro do semi-clandestino universo Nobel pode-se ser o doutor Jekyll e o senhor Hyde sem qualquer dificuldade e ser galardoada por isso.

Se em 1973 o Parlamento Norueguês concedeu o Nobel da Paz a Henry Kissinger, "o maior criminoso de guerra que anda à solta pelo mundo", segundo a acertada definição de Gore Vidal, por que não fazer o mesmo, em matéria literária, a Academia Sueca da Língua, com um famoso agente do Império?

A 26 de Abril de 1998 os integrantes do Estado Maior Presidencial (EMP) do então presidente guatemalteco Álvaro Arzú assassinaram Juan Gerardi, bispo e coordenador do Gabinete de Direitos Humanos do Arcebispado da Guatemala (GDHA), conforme o resultado do processo judicial efectuado contra alguns deles e todos os indícios e suspeitas que apontam para os restantes.

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