A 29 de Setembro, o primeiro-ministro, José Sócrates, e o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, anunciaram aos mercados financeiros internacionais e aos cidadãos portugueses um conjunto de medidas de contenção orçamental destinadas a equilibrar as contas públicas e a aliviar a pressão dos mercados e das agências de notação. Era preciso acalmar, argumentaram, um sistema financeiro que ameaçava, e punha em prática, aumentos cada vez mais incomportáveis dos juros cobrados pelos empréstimos bancários aos Estados.
Que, por opção da União Europeia, cujos tratados proíbem o Banco Central Europeu (BCE) de financiar directamente os Estados, mas não os bancos, claro, o próprio sistema bancário consiga financiar-se aí a juros pelo menos seis vezes menores do que parte das periferias, onde se encontra Portugal, consegue junto dos mercados financeiros, de que os bancos são agentes de monta, é coisa que não parece inquietar os poderes europeus nem os governos nacionais. Mesmo quando é perfeitamente previsível que a recessão induzida pelas medidas de austeridade, as agora exigidas para aliviar a pressão do crédito, venha em breve a ser o argumento avançado pelos mesmíssimos mercados e agências de notação para exigirem uma nova escalada na austeridade assimétrica. Exigência a que os governos uma vez mais se curvarão, se pensarmos que as mesmas causas tendem a gerar os mesmos efeitos…
Que, por opção da União Europeia, cujos tratados proíbem o Banco Central Europeu (BCE) de financiar directamente os Estados, mas não os bancos, claro, o próprio sistema bancário consiga financiar-se aí a juros pelo menos seis vezes menores do que parte das periferias, onde se encontra Portugal, consegue junto dos mercados financeiros, de que os bancos são agentes de monta, é coisa que não parece inquietar os poderes europeus nem os governos nacionais. Mesmo quando é perfeitamente previsível que a recessão induzida pelas medidas de austeridade, as agora exigidas para aliviar a pressão do crédito, venha em breve a ser o argumento avançado pelos mesmíssimos mercados e agências de notação para exigirem uma nova escalada na austeridade assimétrica. Exigência a que os governos uma vez mais se curvarão, se pensarmos que as mesmas causas tendem a gerar os mesmos efeitos…
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