quinta-feira, novembro 11, 2010

Reflexões sobre a situação da França

Ainda não chegou o momento do epitáfio, mas o movimento de protesto na França está a esmorecer.

"Somente" 2 milhões de pessoas foram às ruas na terça feira, contra 3,5 milhões há duas semanas.

Mas os patrões ainda estão em estado de choque. Eles revelaram na quarta feira que nas últimas duas semanas 50% da indústria francesa esteve paralisada devido à escassez de matéria-prima e combustível. Hoje, terça, 25% das fábricas ainda estão "sofrendo grandes atrasos na produção, e incapazes de manter os prazos de entrega, causando ainda mais perdas devido às penalidades relacionadas a quebras contratuais". Como muito sindicalistas comentaram: "quando eles começam a falar sobre perdas, significa que estamos quase ganhando".

E as greves ainda seguem na maioria das refinarias francesas. A despeito da propaganda governamental, que anunciou que cinco em cada 12 refinarias já estão funcionando, parece que isso é apenas outra mentira. Sete refinarias estão em greve até sábado, duas refinarias estão fechadas e com piquetes, três refinarias votaram pela volta ao trabalho (depois de a administração oferecer-lhes aumento de salários e pagamento de todos os dias de greve), mas não são capazes de processar nada porque os óleodutos dos terminais petrolíferos dos portos de Marselha e Le Havre ainda estão bloqueados por estivadores em greve.

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