APOLOGIA DE PROUDHON
PREFÁCIO
Esta Apologia de Proudhon é dirigida ao público brasileiro, tanto mais que é editada exclusivamente no Brasil. (Seria, se este texto tivesse seguido o seu caminho previamente estipulado…) Era importante que o maior país de língua portuguesa tivesse acesso directamente a ensaios dedicados à maior cabeça pensante de língua francesa e o maior filósofo do século XIX, excluindo Hegel.
Proudhon é o homem que soube dar à permanência dos problemas, mais importância que à permanência dos escritos. Eis porque não se pode acabar com Proudhon. O substrato do seu pensamento – o anti autoritarismo, a autonomia, a soberania do direito – nunca pareceu tão actual. Eis porque os retornos periódicos a Proudhon inscrevem-se no interior duma espécie de evidência histórica, como o modo de filosofia emanente do mundo assalariado. Escritos em momentos distintos deste processo, estes textos encontram-se agora juntos pelo destino que possibilitou a sua edição. Fazem todos parte da obra Investigações Proudhonianas (I.P.) que na sua maior parte se encontra ainda inédita. Obra dividida em três partes: na primeira o Dialéctico, na segunda o Histórico e o Anti – Autoritário na terceira.
Esquecido mas sempre actual, P.-J. Proudhon permanece como um dos pilares fundamentais para uma integral compreensão do século XIX e uma via para uma reorganização da vida societária.
Toda a minha investigação foi realizada a partir de meados dos anos 80 e tem tido como objectivo principal mostrar as virtualidades e a actualidade sempre presente do proudhonismo não somente, enquanto sistema de ultrapassagem das soberanias, mas como princípio geral de organização da sociedade.
Verifica-se que os ensaios presentes são sintéticos embora densos nas suas implicações. Trata-se duma opção deliberada do autor, tendo em conta uma tradição próxima de nós, o repelir consciente e crítico por todas as formas de discurso sofístico e retórico.
Com este livro, a investigação acerca do proudhonismo não fica de modo algum concluída. Este conjunto de ensaios mais não são que um início, ou noutra perspectiva, um reinício. Esta investigação seguramente demorará a concluir, pelo menos o dobro do tempo que foi necessário para este ciclo, mas isso não é importante, desde que se realize.
O tempo é relativo às disponibilidades nele posto.
PREFÁCIO
Esta Apologia de Proudhon é dirigida ao público brasileiro, tanto mais que é editada exclusivamente no Brasil. (Seria, se este texto tivesse seguido o seu caminho previamente estipulado…) Era importante que o maior país de língua portuguesa tivesse acesso directamente a ensaios dedicados à maior cabeça pensante de língua francesa e o maior filósofo do século XIX, excluindo Hegel.
Proudhon é o homem que soube dar à permanência dos problemas, mais importância que à permanência dos escritos. Eis porque não se pode acabar com Proudhon. O substrato do seu pensamento – o anti autoritarismo, a autonomia, a soberania do direito – nunca pareceu tão actual. Eis porque os retornos periódicos a Proudhon inscrevem-se no interior duma espécie de evidência histórica, como o modo de filosofia emanente do mundo assalariado. Escritos em momentos distintos deste processo, estes textos encontram-se agora juntos pelo destino que possibilitou a sua edição. Fazem todos parte da obra Investigações Proudhonianas (I.P.) que na sua maior parte se encontra ainda inédita. Obra dividida em três partes: na primeira o Dialéctico, na segunda o Histórico e o Anti – Autoritário na terceira.
Esquecido mas sempre actual, P.-J. Proudhon permanece como um dos pilares fundamentais para uma integral compreensão do século XIX e uma via para uma reorganização da vida societária.
Toda a minha investigação foi realizada a partir de meados dos anos 80 e tem tido como objectivo principal mostrar as virtualidades e a actualidade sempre presente do proudhonismo não somente, enquanto sistema de ultrapassagem das soberanias, mas como princípio geral de organização da sociedade.
Verifica-se que os ensaios presentes são sintéticos embora densos nas suas implicações. Trata-se duma opção deliberada do autor, tendo em conta uma tradição próxima de nós, o repelir consciente e crítico por todas as formas de discurso sofístico e retórico.
Com este livro, a investigação acerca do proudhonismo não fica de modo algum concluída. Este conjunto de ensaios mais não são que um início, ou noutra perspectiva, um reinício. Esta investigação seguramente demorará a concluir, pelo menos o dobro do tempo que foi necessário para este ciclo, mas isso não é importante, desde que se realize.
O tempo é relativo às disponibilidades nele posto.
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