Existe uma visão muito generalizada em amplos sectores políticos e mediáticos espanhóis (incluindo alguns de esquerda), que consideram que o nível de integração das economias dos países na economia mundial global é tal que a globalização económica é, na realidade, a que determina o que um país pode fazer ou deixar de fazer. Nesta visão, os estados devem submeter-se aos ditames dessa ordem económica globalizada, ao ponto de que o sistema democrático dentro de cada país desaparece e torna-se irrelevante. A última versão deste determinismo globalizador é a resposta da União Europeia e de Espanha ao ditame dos mercados financeiros. Sublinha-se nos maiores meios de informação que, em resposta às exigências destes mercados, não há outra alternativa que levar a cabo políticas impopulares (tais como as políticas de austeridade de despesa pública e social, e as desregulamentadoras do mercado de trabalho que facilitem o despedimento, entre outras) para tranquilizar os mercados e evitar assim que estes penalizem tais estados, dificultando o pagamento da dívida soberana e a obtenção de crédito.
* Obviamente que se está aqui a falar dos sindicatos de Espanha. Não passaria pela cabeça pensar que se estava a falar dos sindicatos portugueses.Essa até daria vontade de rir!!...
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