Como documentei no meu livro Comunicação e Poder, o poder reside no controlo da comunicação. A reacção histérica dos EUA e de outros governos contra o Wikileaks confirma-o. Entramos numa nova fase da comunicação política. Não tanto porque sejam revelados segredos ou fofocas, mas porque são difundidos por um canal que escapa aos aparelhos de poder. A fuga de confidências é a fonte do jornalismo de investigação com que sonha qualquer meio de comunicação em busca de scoops. Desde Bob Woodward e o seu garganta funda no The Washington Post até às campanhas de Pedro J. na política espanhola, a difusão de informação supostamente secreta é prática habitual protegida pela liberdade de imprensa.
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