Este artigo mostra evidência empírica que questiona as teses que sustentam que as políticas de austeridade que se estão a promover pela UE e pelo FMI, e que se estão a desenvolver por parte do governo espanhol sejam as necessárias para estimular a economia (com base na redução do défice público). O artigo assinala também como a recuperação económica alemã não se deve, contra o que sustentam aquelas teses, a tais políticas de austeridade, mas a políticas de expansão de despesa pública do próprio estado alemão e dos países (Leste Asiático, China e EUA) que importaram os seus produtos. O artigo mostra também como as políticas expansionistas da despesa pública da Administração Obama foram responsáveis pela recuperação económica estado-unidense. A segunda parte do artigo analisa as causas de Espanha ter um défice tão grande e um crescimento tão lento, destacando entre elas, a natureza e fontes da despesa pública e a regressividade fiscal do Estado espanhol, características que se dão também nos outros países PIGS. O artigo finaliza assinalando que a deterioração tão acentuada das expectativas eleitorais do governo Zapatero deve-se precisamente à adopção de políticas de austeridade de sensibilidade neoliberal que provocaram a deterioração e quase colapso da Terceira Via na Grã-Bretanha e do governo Schroeder na Alemanha.
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