quinta-feira, fevereiro 17, 2011

O golpe contra o povo

No passado dia 11 de Fevereiro do presente ano fez-se realidade tão só o primeiro de um grande número de anseios do povo egípcio que exigia a renúncia do hoje ex-presidente, Hosni Mubarak.

A alegria e o júbilo transbordaram todas as ruas desse importante país africano, e também as ruas de vários países do mundo. A classe trabalhadora egípcia e o seu povo em geral tinham voltado a fazer história. Os grandes meios de comunicação privados de difusão mundial fizeram-se eco desse festejo, mas só em aparência, pois Mubarak era outro peão que perdiam no seu complicado jogo de xadrez no mundo árabe. Embora o seu substituto se encontre hoje no tabuleiro de jogo, a saída de Mubarak não deixa de significar uma derrota do império.

Com total apoio dos Estados Unidos e de Israel, Hosni Mubarak tomou o poder em 1981, substituindo a Anuar Al Sadat, que tinha sido assassinado por capitular perante os israelitas. Mas Mubarak continuou e aprofundou as mesmas políticas entreguistas de Al Sadat, e, amparando-se numa “Lei de Emergência”, vigente desde 1981, o ditador Mubarak deu início a um terrível período de torturas, perseguições e desaparecimentos de toda a liderança de esquerda e dos movimentos progressistas e nacionalistas desse país, sob a desculpa da “luta contra o terrorismo”.

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