sábado, abril 02, 2011

Direitos das primeiras nações

Enquanto as economias capitalistas do mundo se preparam para enfrentar o quarto ano de crise económica e financeira, os povos indígenas e os membros das primeiras nações fortalecem a sua vontade de seguir o seu próprio caminho de desenvolvimento. Consolidam-se novas alianças e robustecem-se vínculos comunitários que permitirão assegurar a rejeição ao consumismo sem sentido das economias capitalistas. Estes povos e as suas comunidades podem encerrar lições importantes para o desenvolvimento de relações harmónicas de longo prazo entre os seres humanos e o meio ambiente. Mas a sobrevivência dos povos indígenas e das primeiras nações não foi um processo fácil. A violência e o genocídio foram o principal instrumento do poder colonial e da aventura capitalista para destruí-los. Hoje ainda, a violência desencadeia-se cada vez que governos e corporações precisam tirar do caminho comunidades e povos assentados em territórios com valiosos recursos naturais. Isso acontece em milhares de casos, desde os ianomâmis na Amazónia, até aos adivasi na Índia, passando pelas coligações de primeiros povos do Canadá que lutam contra a indústria que pretende explorar as gigantescas jazidas de areias betuminosas. No México, a longa lista de injustiças contra as comunidades e povos indígenas é um dos fios condutores da história do país, algo que era fundamental na mensagem do levantamento zapatista de 1994.

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