quarta-feira, abril 20, 2011

Todos de mãos dadas para o buraco

O consenso anda no ar. Ouve-se, lê-se, até se consegue cheirá-lo. Parece que é como se dependesse de darmos todos as mãos pela amada Pátria. De os partidos se unirem em torno de uma saída política que será boa para todos. É como se as políticas pudessem ser neutras, como se fosse possível haver políticas sem haver beneficiados e prejudicados, como se houvesse uma fórmula universal para uma riqueza e para uma felicidade que vai sorrir a todos. É como se tivéssemos todos andado a viver em pecado, como se agora tivesse chegado a divindade castigadora para cobrá-los com juros a quem ouse cair na tentação de negar qualquer culpa e como se do seu pagamento, com ou sem juros, fosse resultar o direito ao lugar ao lado do Pai todo-poderoso.

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