Vítor Gaspar já nem a Grândola merece.
Para já o riso...
Para quando os tomates??!!!
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, foi na tarde de ontem interrompido por cerca de duas dezenas de pessoas quando se preparava para falar na apresentação de um livro em Lisboa.
Os manifestantes gritaram “Demissão!” e interromperam Gaspar na apresentação da obra Desta vez é diferente. Oito séculos de loucura financeira, de Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff, economistas que conceberam o polémico estudo sobre o impacto da dívida pública no crescimento económico.
O título centra-se na análise de “diversos episódios de vários tipos de crises financeiras” ao longo dos séculos, revela a editora Almedina.
Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff, economistas formados em Harvard, foram recentemente notícia por terem publicado uma correcção ao controverso estudo que fizeram sobre o impacto da dívida pública no crescimento económico.
O estudo Crescimento em Tempos de Dívida, de Reinhart e Rogoff de 2010 – que concluía que uma dívida elevada era acompanhada necessariamente por uma recessão – foi posto em causa depois de um estudante de Econometria da Universidade Amherst de Massachusetts ter descoberto erros nos cálculos do método estatístico.
No final da apresentação do livro, Vítor Gaspar disse que não está “nada fragilizado”: "Os protestos são normais em democracia. Não me sinto nada fragilizado", afirmou Vitor Gaspar aos jornalistas.
O protesto foi entretanto reivindicado pelo movimento Que Se Lixe a Troika.
Em comunicado enviado às redacções, o movimento refere que "esteve presente hoje na apresentação do livro em Lisboa para dizer a Vítor Gaspar e à sua inspiração ideológica (alegadamente fraudulenta) que a austeridade é a loucura financeira, e que aplicar a austeridade é acreditar na loucura e promovê-la, forçar as pessoas à miséria, ao desespero, à pobreza".
Acusam o ministro de ser "o representante nacional máximo da Loucura Financeira", acrescentando que Vítor Gaspar "não tem qualquer legitimidade para estar frente a um Ministério".
Entende o movimento que "a demissão deste Governo é o único acto de sanidade que está neste momento em cima da mesa".