O presidente da Venezuela decidiu antecipar o Natal para 1 de Novembro. A notícia foi dada nos nossos jornais e televisões (por exemplo, aqui) como se de algo insólito se tratasse. Esqueceram-se os jornalistas de olhar à sua volta, pois se o tivessem feito perceberiam que nesse dia estava o Natal já instalado entre nós.
Sinceramente, não percebo tanta admiração face à decisão de Nicolas Maduro. A 30 de Outubro recebi na minha caixa de correio oficial a primeira publicidade de produtos associados ao Natal, no dia seguinte a publicidade era alusiva à passagem de ano; no dia 1 de Novembro passei por um centro comercial enfeitado à "maneira do Natal".
As grandes empresas podem antecipar o Natal em quase dois meses e um presidente não pode!?
É evidente que acho estranhíssimo que um presidente, um governo, um ministro... ponha e disponha das datas festivas, religiosas ou outras, mas acho igualmente estranhíssimo que as grandes empresas o façam. E ainda acho mais estranho que só achemos estranha a decisão do tal presidente.