Tumultos na manifestação das forças de segurança provoca pelo menos um ferido e obriga ao reforço do Corpo de Intervenção
Os polícias que nesta quinta feira, se manifestam em Lisboa, derrubaram as barreiras de segurança e invadiram a escadaria da Assembleia da República. Os profissionais permaneceram junto à entrada do Parlamento, onde uma barreira policial os impediu de entrar no edifício, e depois regressaram.
Os manifestantes gritaram «invasão» e cantaram o hino nacional numa altura em que os deputados ainda discutiam no Parlamento o Orçamento do Estado para o próximo ano. Ao som de palmas pediram a demissão do Governo, depois de a barreira de segurança ter sido derrubada cerca das 21:00 e haver um reforço do Corpo de Intervenção.
O ambiente esteve muito tenso, com os manifestantes sempre a tentarem subir a escadaria da Assembleia da República, desde que chegaram ao Parlamento, perto das 20:00. Um grupo de polícias que participava na manifestação acabou por fazer também uma barreira, para que os restantes manifestantes não subissem as escadas da Assembleia.
Na altura, a Lusa verificou que havia, pelo menos, um ferido no local. Também a repórter da verificou que vários manifestantes «se sentiram mal», que ficaram prostrados no chão e tiveram de ser retirados do meio dos tumultos.
A manifestação reuniu todos os profissionais das forças de segurança. Os organizadores consideram que é a maior de sempre e falam em oito mil polícias em protesto.
A organização da manifestação desta quinta-feira dos profissionais de segurança afirmou que a invasão da escadaria da Assembleia da República foi uma «ação simbólica» e «um estado de revolva» contra a governação do país, sublinhou o sindicalista Paulo Rodrigues.