Diz que "não cabe aos bispos comentar a política" e não querer que a sua voz seja mais uma na "balbúrdia das opiniões". E diz isto depois de, entre outras observações completamente apolíticas, dizer que as manifestações e o povo a governar, a partir da rua, resultam na “corrosão da harmonia democrática” em Portugal, que “não se resolve nada contestando, indo para grandes manifestações” e, tão pouco, “com uma revolução”, que “a democracia faz-se vencendo etapas como estas”, que “existem sinais positivos", que "estes sacrifícios levarão a resultados positivos” e que “a arte política é embrulhar esse caminho (...), promovendo a equidade”, SE POSSÍVEL, protegendo os mais desfavorecidos e que, nesse capítulo, “a Igreja tem uma palavra”. Uma palavra diferente de impostos. A Igreja Católica continua isenta, apesar do seu vastíssimo património, apesar de ser o maior proprietário imobiliário do país e apesar do somatório dos impostos que não paga ter um valor muito superior ao das migalhas que distribui a título de esmola. O senhor Cardeal José Policarpo não se mete em política, mas, não vá o diabo tecê-las, sabe que manda a divina prudência que sustente a clemência do misericordioso Gaspar com o maná da mansidão do seu rebanho. A Igreja é a casa dos pobres, sem pobres fica vazia. (12 de Outubro de 2012)
O cardeal patriarca de Lisboa falava ontem à noite no auditório do Casino da Figueira da Foz quando deixou um alerta às jovens portuguesas para o “monte de sarilhos” em que se podem meter se se casarem com muçulmanos: “Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam.” Fátima Campos Ferreira ainda lhe perguntou se não estaria a ser intolerante, mas a questão teve como resposta um não complementado com "eu sei que uma jovem europeia de formação cristã, a primeira vez que vai para o país deles é sujeita ao regime das mulheres muçulmanas, imagine-se lá”, reforçando a sua convicção dizendo conhecer “casos dramáticos”. (...) (14de Janeiro de 2009)
Hoje, 12 de Março de 2013, Morreu D. José Policarpo. O mundo ficou menos pobre.