Adoro aquele cosmopolitismo erudito e esclarecido que transpõe para a política a vibração daquelas noites loucas dos festivais Eurovisão da canção da minha infância. Constatei-o quando o mordomo das Lajes Durão Barroso foi nomeado Presidente da Comissão Europeia pelas armas de destruição em massa inventadas que também ele disse ter visto para justificar uma guerra, quando a vista grossa de Vítor Constâncio viu reconhecida a sua colaboração com os10 mil milhões do BPN e o promoveram para o BCE, quando o tratado da austeridade eterna e do caminho do nosso subdesenvolvimento que aprovaram sem nos consultarem recebeu o nome da capital portuguesa. Mas isto, mas aquilo, ó pá, não importa, é português! Portugal: twelve points. Viva o nosso querido país. Hoje volta a ser dia de festival: o espremedor de vidas Vítor Gaspar irá receber um salário mensal de 23 mil euros no seu novo cargo no FMI. Portugal: mais twelve points. Agora, para terminar este post com a música do fim, dávamos todos as mãos e cantávamos aquela do sobe, sobe, balão sobe, mas o festival ainda nem vai a meio. No final de Maio conheceremos as escolhas do júri português. Toca a votar nos eternos vencedores.
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