Os estados modernos foram criados no pressuposto
de que todas pessoas nascem livres e iguais. E de que a fraternidade é o lema
de vida em sociedade. Quem conseguiu levar a firmar este pressuposto em
Declarações, Constituições e Leis tinha por certo que a Razão integrava a
condição humana. Assim, se as pessoas pudessem exercer essa capacidade
perceberiam que direitos e deveres seriam os seus e dos outros, passando o
estado a ser o órgão regulador.
Assim, todas as pessoas, na medida das suas possibilidades, deveriam contribuir para o bem comum (e não para a riqueza de alguém). É certo que nem sempre os impostos foram aplicados de maneira equitativa nem respeitado o seu cumprimento, mas o princípio que os justificava afirmava-se como correcto.
Foi-se agora (também) o princípio: de medida básica de cidadania democrática, os impostos passaram a apresentar-se como meio para ganharmos algo só para nós, um carrão!
Pagar impostos passou a ser, neste país, um engodo regular, para interiorizarmos bem a ideia, e com direito a espectáculo numa estação de televisão, em tudo igual a um jogo de entretenimento!
É o nosso estádio moral, que é o estádio moral do país.
Assim, todas as pessoas, na medida das suas possibilidades, deveriam contribuir para o bem comum (e não para a riqueza de alguém). É certo que nem sempre os impostos foram aplicados de maneira equitativa nem respeitado o seu cumprimento, mas o princípio que os justificava afirmava-se como correcto.
Foi-se agora (também) o princípio: de medida básica de cidadania democrática, os impostos passaram a apresentar-se como meio para ganharmos algo só para nós, um carrão!
Pagar impostos passou a ser, neste país, um engodo regular, para interiorizarmos bem a ideia, e com direito a espectáculo numa estação de televisão, em tudo igual a um jogo de entretenimento!
É o nosso estádio moral, que é o estádio moral do país.
Maria Helena Damião