Factos:
1. No final da
reunião do Conselho de Ministros de terça-feira passada, a ministra das
Finanças, Maria Luís Albuquerque disse que teremos que ter mais «contributos
adicionais do lado da receita, designadamente na indústria farmacêutica ou de
tributação sobre produtos que têm efeitos nocivos para a saúde».
2. No dia seguinte, o
secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, revelou a intenção de criar uma
taxa sobre produtos com alto teor de sal ou açúcar.
3. Hoje, o Público
diz que o ministro da Economia, Pires de Lima disse: «Não há taxa. É uma
ficção, um fantasma que nunca foi discutido em Conselho de Ministros e cuja
especulação só prejudica o funcionamento da Economia».
Estes três factos
permitem as seguintes cinco perguntas:
1. Um secretário de
Estado que é Leal da Costa também será leal do interior?
2. Um pires de loiça
não seria preferível a um Pires de Lima?
3. Maria Luís
Albuquerque é mesmo um pãozinho sem sal?
4. Leal da Costa
sofre de amargos de boca?
5. O secretário de
Estado da Saúde tem alguma empresa produtora de aspartame?
Em resumo: se Maria
Luís Albuquerque quer taxar os “produtos com efeitos nocivos para a saúde” por
que não começa por ela própria?