Quem, em 2011, perguntasse por cortes em salários ou subsídios dos funcionários públicos, recebia de Passos Coelho uma resposta veemente de protesto por se estar a inventar uma mentira. Estávamos em campanha eleitoral e quem mentiu foi o actual primeiro-ministro.
O novo governante começou a logo a cortar para além da troika, é bom que se recorde. Primeiro, classificou os actos como provisórios. Mais tarde, "decretou" a impossibilidade da sua recuperação para agradar a uma das partes da guerra interna que fomentou. A seguir, anunciou a recuperação total dos cortes até 2020. Hoje, e já em campanha eleitoral, prometeu a recuperação de 20% em 2015 (ano de eleições legislativas). Os restantes 80% serão recuperados se forem despedidos ainda mais funcionários públicos, numa altura em que os números deste grupo profissional são muito inferiores aos que existem nos países da União Europeia e da OCDE.
Tudo isto assenta numa mentira declarada com o único fito de manter o poder conquistado!!!