"O essencial da criação de emprego passa por emprego com carácter permanente e não por emprego com carácter provisório ou ocasional. A maior parte do emprego gerado, uma parte significativa, bem mais de 60% do emprego gerado, corresponde a contratos sem termo. Portanto, não há precariedade laboral, mas há estabilidade laboral", disse Pedro Passos Coelho no debate quinzenal no Parlamento da passada Quinta-feira. Apenas três dias depois, ontem, o relatório europeu sobre vagas e recrutamento de 2014, da Comissão Europeia, mostra uma realidade muito diferente: 65% do total dos recrutamentos efectuados em Portugal em 2012 foram "trabalhos temporários involuntários", a segunda percentagem mais alta em toda a União Europeia, a seguir à Espanha. Em 2008 era de 57%. A média da União Europeia em 2012 era de 31%. O subemprego involuntário, trabalhadores que procuram um emprego a tempo inteiro mas não conseguem mais do que um part-time, também aumentou significativamente, embora menos do que A colecção de galgas de Pedro Passos Coelho, que vai crescendo todos os dias a um ritmo alucinado, função da miséria que a sua inegável competência para destruir vidas vai semeando de Norte a Sul de Portugal.
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