Parece que o "MEC propõe um prémio para as câmaras que trabalhem com menos docentes" que andará à volta dos 12.500 euros anuais por cabeça. É uma lógica transversal denominada por "prémio Audi", só que desta vez de gama baixa. Ou seja, os governos portugueses andam há mais de uma década a delapidar a imagem pública dos professores e agora conseguem um género de machadada final.
É evidente que podemos ficar o dia todo a discutir as competências que passam do MEC para os municípios e as que são retiradas à famigerada autonomia escolar e entregues ao poder local. Quando se repartem responsabilidades, deve sublinhar-se que estamos em Portugal e que o país é o que é.
O mais risível, e trágico, nisto tudo é o desnorte total deste desgoverno que dá razão aos que desesperam por eleições. Depois de andar à pressa a assinar, e a publicitar com toda a pompa, umas papeladas que se denominaram por contratos de autonomia com as escolas e os agrupamentos, muda de agulha e avança para uma municipalização que só pode ter resultado de alguma epifania que invadiu a cabeça de um qualquer Maduro inebriado com a estranja. Valha-nos não sei o quê, como se escreve neste editorial.