quinta-feira, julho 03, 2014

Nuno Melo, bolivariano aos 48

Quando, esta manhã na rádio pública, o fantástico Nuno Melo revelou o âmago dos seus achares sobre a ameaça do crescimento da representação dos partidos por si chamados de “extrema-esquerda” no PE e, sem revelar onde foi buscar o achar, chutou para o ar a possibilidade de partidos como o espanhol Podemos estarem a ser financiados por Cuba e pela Venezuela, com certeza ainda não sabia desta notícia também por confirmar sobre aqueles amigos que sempre dão uma mãozinha em negócios submarinos com ou sem sobreiros: “Família Espírito Santo equaciona entrada do Estado venezuelano para salvar o grupo”. O nosso Nuno já deve ter reconsiderado. No íntimo, ele sabe que não sabe se os venezuelanos estão ou não a financiar partidos na Europa. Disse-o por dizer, como quase tudo o que diz e, com os diabos, não lhe deram um espaço todas as Quartas-feiras na Antena 1 para ficar calado. Mas se os venezuelanos vão ajudar os amigos Espírito Santo, também não hão-de ser tão bandidos como os pintam. Às tantas, sem o saber e por culpa de gente mal intencionada cujo passatempo preferido é inventar os boatos que melhor servem os interesses que representam, lá no fundo, lá no fundo, lá mesmo no fundo, Nuno Melo sempre foi um bolivariano convicto. Descobre-o aos 48, por obra e graça dos Espírito Santo. O patrão é que sabe.

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