sábado, setembro 27, 2014

Universidade Passos Coelho



Está tudo muito incomodado pelo facto de o nosso primeiro-

ministro ter recebido uns dinheiros do Centro Português 

para a Cooperação – uma ONG (Organização Não Golpista) 

financiada pela Tecnoforma.

Pelos vistos, Passos Coelho era deputado em regime de 

exclusividade e não podia receber dinheiro por fora ou, 

afinal, podia receber porque talvez não estivesse em 

exclusividade, mas não declarou esse dinheiro, o que 

também não tem grande importância porque o crime, se 

existiu, já prescreveu.

Confuso, não?

Quando lhe perguntaram directamente se tinha recebido 5 

mil euros por mês quando era deputado em exclusividade, 

Passos Coelho disse que não se lembrava – o que não me 

espanta porque ainda hoje, só quando cheguei à minha 

garagem e deparei com dois Maseratis é que me lembrei 

que os comprei há uns anos, embora prefira conduzir o 

Honda…

Além disso, em 1991, ainda não havia euros e Passos 

Coelho não conseguiu converter os 5 mil euros em escudos 

assim de repente. Nunca foi muito bom em contas, como 

temos comprovado nestes últimos três anos…

Depois, Passos Coelho foi para casa, consultou os dossiers 

onde guarda as recordações, os recortes de jornais em que 

aparece de barba ao lado de uma das Doce e as fotos com 

Relvas, e hoje foi ao Parlamento explicar que nunca 

recebeu nenhuma remuneração do Centro Português para a 

Cooperação – mas apenas despesas de representação.

Portanto, eles foram uns almoços, elas foram umas 

deslocações ao Porto e a Bruxelas e até a Cabo Verde.

Pelo vistos, uma das iniciativas da prestimosa ONG de 

Coelho, foi a criação de uma Universidade em Cabo Verde.

É por isso que proponho que, como castigo por nos estar a 

dar cabo da vida há três anos, Passos Coelho seja 

condenado a frequentar um curso de representação na 

Universidade que fundou em Cabo Verde.

Um curso de quatro anos.

Seguido de mestrado.

E doutoramento.

Só voltaremos a ouvir falar dele em 2022…