sexta-feira, outubro 24, 2014

Quatro dias e sete escolas: a história de um pesadelo com um final feliz

Em quatro dias, Catarina, professora do grupo de Educação Especial, foi colocada em sete escolas. O suficiente para quatro dias de pesadelo, com os prazos para as decisões a esgotarem-se. A história de um caso normal de colocação através da Bolsa de Contratação de Escola.
Quando se foi deitar, na noite de segunda-feira, Catarina, professora, tinha cinco escolas por onde escolher, todas a mais de 300 quilómetros de casa; na terça decidiu-se por uma delas; na quarta partiu sem saber onde iria dormir e na quinta ficou colocada à porta de casa. Esta é a história de um processo de colocação “normal” de “uma professora normal”, que, ainda por cima, diz Catarina, “teve um final feliz”. “De que é que me posso queixar?”, pergunta, depois de dizer que não consegue parar de sorrir.
Não se queixa. Catarina Santos, de 31 anos, residente em Cinfães, no Norte do país, diz que até tem dificuldade em regressar a segunda-feira, o dia em que acordou desempregada e com o coração apertado, a olhar de esguelha para o telemóvel e a actualizar a página do computador como quem não quer a coisa, para não criar expectativas que a deixassem ainda mais triste do que no dia anterior.

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